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Diálogos entre cultura e educação na escola

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3º postagem



        Diálogos entre cultura e educação na escola


Quando se pensa na relação entre cultura e educação que se estabelece dentro da escola, existem, pelo menos, três aspectos essenciais que requerem reflexão. O primeiro -- é importante ponto de partida -- refere-se à relação da escola com a cultura do lugar onde ela está situada. Se partirmos do principio de que o lugar é um espaço vivo, carregado de memórias e significações, a abertura à comunidade é fundamental e permite que alunos e suas famílias se enxerguem em seu território, nutram o sentimento de pertencimento, de enraizamento e se sintam reconhecidos no conhecimento que a escola produz e transmite a seus estudantes. Isso independe de datas comemorativas. Consiste sim em uma ampliação do sentido cultural, sem reduzi-lo a "folclorização" de manifestações presentes no dia-a-dia das comunidades. 

É fundamental que a escola -- um equipamento de enorme impacto na vida das crianças e dos jovens --- construa uma ponte entre o conhecimento estabelecido, o patrimônio cultural da humanidade, e aquele conhecimento cultural que está ali presente, circulando na localidade. Espera-se que a escola consiga articular esse patrimônio com a cultura das pessoas que vivem no seu entorno e que a freqüentam.

À medida que também propicia a relação entre os saberes do passado e do presente do território onde se situa, e todo um conhecimento globalizado que está circulando na nossa sociedade contemporânea, a escola permite que os alunos e suas famílias não só nutram o pertencimento temporal a este momento histórico, como reconheçam o seu papel como sujeitos históricos naquele lugar.

Um segundo ponto a ser considerado na relação educação e cultura é o currículo escolar, isto é, a seleção dos saberes que os educadores transmitirão. A escola tem o poder e a legitimidade para selecionar os saberes que serão passados às crianças e aos adolescentes e pode dar voz ou não a determinados personagens, histórias locais e patrimônios culturais e transmitir ou não diferentes modos de saber e de fazer instalados na sociedade como um todo. 

Desse modo, se a escola for capaz de valorizar em sua grade curricular o patrimônio cultural presente na comunidade, nos diferentes grupos sociais, etnias e representações, e não apenas na história oficial, ela desempenhará, sem dúvida, um papel diferenciado. Sua contribuição será ainda maior se renunciar ao uso de abordagens "folclorizadas" ou "pitorescas" da cultura popular, que a tratam como “sub-cultura”, e, muitas vezes, reforçam estigmas e deixam determinadas manifestações populares à margem de uma proposta de ampliação de repertório. Assim, ao ampliar o conhecimento das manifestações dos diversos grupos sociais, a escola colaborará para que diferentes grupos se sintam não só reconhecidos, mas também sujeitos desse conhecimento que lhe está sendo ofertado.



alunas: jessica felix, jocilene vasconcelos e priscila santos 

referencia bibliográfica

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