Bancos vão apoiar desenvolvimento do pré-sal
Programa de financiamento por meio de recebíveis foi lançado para capitalizar fornecedores
Os maiores bancos brasileiros vão financiar a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás. Batizado de Progredir, o programa de crédito lastreado na receita futura de empresas que prestam serviços para a Petrobras e outras petroleiras foi anunciado nesta quinta-feira na Rio Oil and Gas 2010. Por meio de recebíveis, os fornecedores poderão tomar recursos e se preparar para a demanda do pré-sal.O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, encerrou o maior evento de petróleo da América Latina com a notícia: o Progredir vai “incentivar toda a cadeia de suprimentos”.
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, detalhou que os seis maiores bancos do país participam do programa, entre os quais Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco de fomento teria conduzido os estudos e preparado as bases do programa.
Invasão de estudantes
Capitalizar fornecedores era uma das principais lacunas do desenvolvimento do pré-sal. A necessidade de mão-de-obra capacitada foi outro desafio citado no encerramento do evento.
Em busca de informações sobre o promissor mercado de trabalho do setor de petróleo, estudantes de todo o País invadiram o espaço no Riocentro. Um grupo de 35 alunos da Faculdade do Espírito Santo (Unes) viajou 12 horas para ver de perto o que têm aprendido nas salas de aula. O estudante de engenharia de petróleo Matheus Santos Silva aposta no setor como uma das maiores portas de emprego no País. Já o auxiliar de serviços de limpeza, Júnio Martins, faz curso técnico de petróleo e gás para aumentar a renda. Hoje com R$ 510 de salário, ele sonha receber R$ 5.000 no futuro.
A Rio Oil and Gas 2010 terminou nesta quinta-feira com recordes de público e negócios. Foram 46 mil visitantes em 2010, ante 39 mil pessoas em 2008. A feira acontece a cada dois anos. Participantes de 51 países estiveram presentes. O volume de negócios fechados no evento atingiu R$ 138 milhões, 16% mais que na feira anterior.
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